segunda-feira, 31 de outubro de 2016 | By: justV

Survive

Elijah Said: "I want to die."
The Father said "I'll help you survive."

I King 19:4-9

Querida Borderline...



Olá, Transtorno de Personalidade Borderline!


Posso te chamar de Borderline? Alguns escrevem limítrofe, fronteiriço (esse é cômico!), emocionalmente instável (esse é justo), mas eu estou acostumada a me referir a você como Borderline, espero que não se importe. Sempre escrevo sobre você, mas nunca escrevi para você, mas nunca é tarde, certo?

Não irei mentir, eu não sou a sua maior fã, na verdade, ás vezes eu acho que te odeio. Você não sou eu, você habita dentro da minha mente, mas a maioria das pessoas pensa que você realmente sou eu. Você me transforma, temporariamente, em personalidades que eu não sou, ou, pelo menos, acredito que não sou. Você vê? Você habita um lugar tão sensível e único da minha mente que nem mesmo me permite saber quem eu sou. Por que você faz isso? 

Você tinha todos os lugares possíveis para fazer casa na minha mente, mas escolheu um lugar estratégico, não é? Você escolheu o centro do meu Eu verdadeiro e construiu uma casa ali, e desde então, ao menor sinal de descontrole emocional, você se aproveita para fingir que sou eu, e então todas as pessoas acreditam que aquela pessoa gritando, xingando, dizendo que quer morrer, chorando sem parar e todas aquelas coisas que eu nem mesma me lembro... elas acreditam que aquela mulher meio criança birrenta sou mesmo eu. Como você conseguiu me transformar nisso? 

E sabe o que é pior de toda essa história? Eu não sei exatamente quando você entrou na minha mente e começou a construir a sua casa aí, mas eu suspeito que foi mesmo antes de eu sair do útero da minha mãe. Você só queria sobreviver não era? O único melhor hospedeiro da história toda foi eu. Não existiu outro. Eu fui a sua melhor chance. Eu tinha a "falha" na mente e tive o ambiente apocalíptico perfeito. Pronto, lá estava você, habitando com todas as forças na minha mente. Construindo um Eu completamente falso, que muda a cada estação, a cada pessoa que conheço, que pode ser moldado facilmente. Um eu bagunçado, complexo e vazio. Você entende que somos vazios? 

Borderline, tem dias que eu amo você, de verdade, mesmo com toda a dor que você me causa. Dor que eu me lembro de carregar desde que eu era muito, muito pequena e meu avô me carregava no colo. A propósito, havia outro de você dentro dele também, não é? Ou, ao menos, algo parecido? Meu avô também sofria de vazio igual a mim, mas me amava como um pai. É, Borderline, eu te amo, ás vezes, porque mesmo com toda essa dor, você me trouxe experiências maravilhosas, intensas. Intensidade é seu sobrenome, certo? Quantos sentimentos bons em intensidade, eu senti? Milhares. Mas você cobrou um preço bem alto depois. 

O que você quer de mim? Porque realmente parece que você quer sugar toda a minha vida. E o seu golpe final vai ser tirá-la de mim. Mas saiba que estou escrevendo para deixar registrado que você não vai ter sucesso. Apesar de você ter me transformado em alguém complexa. Às vezes eu nem mesmo sei se sou uma pessoa, se estou aqui. Mas de uma coisa você pode estar certo, eu não irei entregar a minha vida a você. Eu não tenho nenhuma certeza de quem eu sou, mas há fôlego nos meus pulmões, então tem vida aqui dentro e não é você que vai tirar. Eu vou resistir, entendeu? 

Essa não vai ser a primeira carta, afinal, não é a primeira - nem a última - vez que você me ameaça. Mas eu sei que não é por mal, é da sua natureza se auto defender, assim como é da minha preservar a minha vida a qualquer custo, nós apenas temos que achar um meio termo, porque eu quero descobrir quem eu sou sem você morando aí dentro.

Sinceramente,

Michele. "
domingo, 30 de outubro de 2016 | By: justV

Eu

Queria ser diferente,
Mas sou essa menina sem noção,
Moça que fica alegre e em seguida triste, mas que tem um bom coração;

Queria ser mais fria,
Mas a isso não consigo me converter,
Pois aprendi que na vida
só com doçura feliz vou ser;

Queria ser menos sonhadora,
Mas não consigo diminuir
ou parar de sonhar,
Sonhar com um mundo melhor
e em que o dia o amor vai reinar;

Queria ser mais contaminada
 pela bondade,
E contaminar os outros também,
Pois vivemos em uma lastimável realidade sem saber quem é quem;

Queria ser mais verdadeira,
E nunca chegar a mentir,
Mas não sou perfeita,
Se fosse não estaria aqui(no mundo);

Queria voar,
Mas asas não tenho,
O que me resta é imaginar,
Imaginar de um jeito lento;

Queria amar apenas,
Mas o rancor ainda invade
o meu coração;

Queria liberdade,
E mais união;

Queria igualdade,
Mas a desigualdade insiste em continuar;

Queria paz,
Mas a guerra está por todo lugar;

Queria ser Cantora,
Queria ser Pianista,
Queria ser Atriz,
Queria ser Poetisa;

Queria ser Perfeita,
Queria ser Santa,
Queria ser Deusa,
Queria ser Amiga;

Queria ser,
Queria ser,

Queria ser a morte,
Mas também a vida...

[Se quer, Imagina - Bianca de Almeida (B.A.S)]
sábado, 29 de outubro de 2016 | By: justV

To remember

1.
Your mind is
a powerful thing.
When you fill it
with positive
thoughts, your
life will start
to change.

2.
There is always
something
to be thankful for.

3.
Stop being afraid
of what could go wrong,
and focus on what could go right.




Resultado de imagem para birds black png

BPD Thing #3

"Stay away from me.
It's safer that way..."

Fique longe de mim.
É melhor desse jeito...
sexta-feira, 28 de outubro de 2016 | By: justV

Fim do dia

Escrever pra mim deveria ser fácil, afinal , eu leio tantos livros que nem consigo lembrar o nome do último que li.
Mas preciso escrever algo, porque meu coração não aguenta mais sentir e não ser ouvido. Eu tenho todos os motivos pra ser feliz, eu sei. Mas eu não consigo. Sempre que eu vejo Luz, também vejo trevas ao lado dela. Meu corpo não pertence a mim , e sim ao vazio. Ao vazio Grande como o infinito mar qu tem dentro de mim. Eu não consigo preencher isso com nada, então ele se auto preenche com dor e sofrimento .
As vezes acho que nasci só pra sofrer .
Não me entenda mal, não me falta nada materialmente ou apoio, o que me falta é saúde mental. Eu estou doente. Eu preciso de ajuda . Eu não consigo ser normal. Eu não consigo respirar. Eu não consigo pensar. Eu não consigo viver .
Me sinto presa numa teia de aranha bem forte, e sempre que tento me soltar , ela aperta mais .
Tenho dois ou três amigos, mas não sou corajosa o suficiente pra conversar com nenhum deles.eles ou ninguém entende. Não galgo que eu possa explicar, só sinto. Do mesmo jeito que sinto o vento soprando no meu rosto, sinto a dor da depressão me matando por dentro. Não lembro de como eu me sentia antes , acho que nunca me senti diferente.
Eu tenho medo de tudo, de todos. Tenho medo de machucar as pessoas, tenho medo de assustar as pessoas e sobretudo tenho medo de que me abandonem.
Eu não julgaria quem fizesse isso, eu sou quebrada, sem concerto , só uma parte do que um ser humano deve ser .
Já tentei de tudo , mas nada resolve. Ultimamente, estou usando a técnica da mentira. Minto que estou bem. Que sou feliz . Que não preciso de ajuda.
Eu amo tanto as pessoas que convive comigo, mas tanto que eu não quero nem por um segundo que eles saibam o que eu sinto. O pensamento de que posso fazer eles sofrerem , é pior que qualquer coisa .
Eu nunca tentaria me matar, não por que eu queira viver e sim por que não quero machucar ninguém.
Eu amo minha família, eu não quero que eles saibam que sou assim. Eu não quero que eu eles chorem, ou não durmam por causa disso.
Agora tem M, ah como eu amo . Ele é tudo que eu sempre quis. É uma pena que eu não nasci pra ser amada, e muito cedo ele vai descobrir isso.
Eu faria qualquer coisa pra ficar com ele pra sempre.qualquer coisa.
Eu quero ser normal, por ele .
Eu quero que ele me admire pela pessoa forte que eu sou e não que sinta pena do fiasco de mulher que eu sou.
Depressão é luta. Muita. Eu acho que sou forte, ainda estou aqui. Enquanto eu respirar eu vou lutar, mesmo em pedaços eu vou continuar .

Resultado de imagem para birds black png

The fear

I'm scared to get close,
I hate being alone.
I long for that feeling,
to not feel at all.
The higher I get
the lower I'll sink.
I can't drown my demons,
they know how to swim.

Being a borderline...


... feels like eternal hell. Nothing
     less. Pain, anger, confusion, hurt
never knowing how I'm gonna feel
from one minute to the next one.
Hurting because I hurt those who I love.
Feeling misunderstood.
Analyzing everything.
Nothing gives me pleasure.
Once in a great while I will
get too happy and then anxious
because of that. Then I self-medicate.
Then I physically hurt myself. 
Then I feel guilty because of that.
Shame.

BPD Thing #2





Feeling like a tornado, destroying everything in your path.


Se sentindo como um tornado, destruindo tudo em seu caminho.

Make them wonder why are you still smiling

Demons



My Demons, 
though quiet,
are never quite silenced.


Calm as they may be, 
they wait patiently
for a reason to wake
take an overdue breath,
and crawl back to my ear.


O que é TPB?


Resultado de imagem para borderline TUMBLR

O Transtorno de Personalidade Borderline é uma condição mental grave e complexa cujos sintomas instáveis e pungentes podem invadir o indivíduo de modo súbito, caótico, avassalador e desenfreado. Os critérios diagnósticos de Transtorno de Personalidade Borderline segundo o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª Ed. 2013) compreendem um padrão de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no começo da vida adulta e está presente em vários contextos.
O termo Transtorno de Personalidade Borderline foi usado pela primeira vez em 1884 e desde então passou por diversos conceitos ao longo dos anos. Originalmente designava um grupo de pacientes que vivia no limite da sanidade (daí o termo limítrofe), ou seja, na fronteira (borda, borderline) entre a neurose e a psicose. Alguns autores da época usavam esse diagnóstico quando havia sintomas neuróticos graves. Foi só na década de 1980 que o diagnóstico da doença se tornou mais preciso. Até então, muitos médicos acreditavam, equivocadamente, que a personalidade de uma pessoa era imutável.

9 SINTOMAS DO TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE


  1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginário
  2. Padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensoscaracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização (lembrando que relacionamento interpessoal acontece entre uma ou mais pessoas e é regido por normas comportamentais que orientam suas interações, já que seu contexto pode ser familiar, escolar, de trabalho ou de comunidade.)
  3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da percepção de si mesmo
  4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas (gastos, sexo, abuso de substância, direção irresponsável, compulsão alimentar)
  5. Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante
  6. Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade do humor: disforia episódica (mudança repentina de ânimo pra tristeza, angústia, pena), irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de poucas horas e apenas raramente de mais de alguns dias
  7. Sentimentos crônicos de vazio
  8. Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (mostras frequentes de irritação, raiva constante, brigas físicas recorrentes)
  9. Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos.
quinta-feira, 27 de outubro de 2016 | By: justV

Quem eu sou


Sou apenas uma garota com a intesindade de um foguete sendo lançado ao espaço. Sou emoção pura. Vivo intensamente cada sefundo da minha vida, Vivo em uma montanha russa diária de emoções e sentimentosl

O blog:

Já tive tantos blogs, perdi as contas. Tenho dificuldade em falar o que eu sinto, então por isso decidi escrever aqui. Acho que muitas pessoas não vão ler, mas aos que estão lendo só quero te dizer que eu sei. Eu sinto, igual você, e espero de todo coração te ajudar.

Quer falar comigo? Vá na página Contato e saberá como.

Uma Carta Aberta de nós com Transtorno de Personalidade Borderline:

(Carta escrita por Debbie Corso, border escritora de livros sobre a recuperação do TPB e blogueira)

Queridos amigos, parentes, amantes, ex-amantes, colegas, filhos, e outros conhecidos de nós com TPB,
Vocês podem estar frustrados, sentindo-se incapazes de ajudar e prestes a desistir. Não é sua culpa. Vocês não são a causa do nosso sofrimento.Vocês podem achar difícil de acreditar, já que nós podemos atacar vocês, mudar de ser amável e generoso(a) para não-confiável e cruel em um piscar de olhos, e nós podemos até imediatamente culpá-los. Mas não é sua culpa. Vocês merecem entender mais sobre essa condição e o que nós desejos poder dizer mas talvez não estejamos prontos.

É possível que algo que vocês tenham dito ou feito ativou nosso “gatilho”. Um gatilho é algo que ativa em nossa mente um evento traumático do passado ou nos faz ter pensamentos angustiosos. Mesmo vocês podendo tentar ser sensíveis com as coisas que dizem ou fazem, não é sempre possível e não é sempre claro o porquê de algo ativar um gatilho.

A mente é muito complexa. Uma certa música, som, cheiro ou palavras podem rapidamente disparar conexões neurológicas que nos trazem de volta a um lugar onde nós não nos sentimos seguros, e nós podemos responder no presente com uma reação similar (pense nos militares que entram em combate – um simples barulho estranho no carro pode leva-los a um flashback. Isso é conhecido como TEPT, e acontece com muitos de nós também).

Mas por favor, saibam que ao mesmo tempo que nós empurramos vocês para longe com nossas palavras e comportamento, nós também desesperadamente esperamos que você não vá nos deixar ou abandonar em nosso tempo de aflição e desespero.

Esse pensamento preto e branco extremo e experiência de desejos completamente opostos é conhecido como dialética. Cedo em nosso diagnóstico e antes de realmente entrar com TCD (Terapia Comportamental Dialética), nós não temos ferramentas necessárias para dizê-los isso ou pedir pelo seu apoio em jeitos saudáveis.

Nós podemos fazer coisas bem dramáticas, como nos machucar em algum jeito (ou ameaçar fazê-lo), ir ao hospital, ou algo similar. Mesmo que esses pedidos de ajuda devem ser levados a sério, nós entendemos que vocês possam se desgastar com a preocupação em relação à nós e esse comportamento repetitivo.
Por favor, confiem que, com ajuda profissional, e apesar do que vocês possam ter ouvido ou passado a acreditar, nós podemos e ficamos melhores SIM.

Esses episódios podem se alongar ou encurtar entre si e nós podemos ter longos períodos de estabilidade e regulação de nossas emoções. Às vezes o melhor a fazer, se vocês conseguirem acumular toda a força em sua frustração e dor, é nos pegar e abraçar e dizer-nos que vocês nos amam, se importam e não vão embora. 

Um dos sintomas do Transtorno de Personalidade Borderline é o intenso medo de ser abandonado, e nós, por causa disso, (na maioria das vezes inconscientemente) nos comportamos extrema e freneticamente para evitar que isso aconteça. Mesmo nossa percepção de que abandono é iminente pode nos tornar inquietos.

Outra coisa que vocês possam achar confusa é nossa aparente inabilidade de manter relacionamentos. Nós podemos pular de um amigo para o outro, indo de amar e idolatrá-los para desprezá-los – deletá-los de nossos telefones e excluí-los no Facebook. Nós podemos evitar vocês, não atender suas ligações, e negar todos os convites para estar perto de vocês – e outras vezes, nós só queremos estar perto de vocês.

Isso se chama splitting, e faz parte do transtorno. Ás vezes nós tentamos nos prevenir renegando as pessoas antes que elas nos rejeitem ou abandonem. Nós não estamos dizendo que está “certo”. Nós podemos nos livrar desse padrão destrutivo e aprender como ser mais saudável no conceito de relacionamentos. Não vem naturalmente para nós. Vai levar um tempo e bastante esforço.


É difícil, logo, se relacionar propriamente quando não se tem um entendimento sólido de si mesmo e de quem você é, sem falar de todo mundo à sua volta.

No Transtorno de Personalidade Borderline, muitos de nós apresentamos problemas com confusão de identidade. Nós podemos “pegar emprestado” atributos daqueles à nossa volta, nunca sabendo realmente quem NÓS somos. Vocês se lembram daquelas pessoas no ensino médio que iam de gostar de rock à pop à gótico, pertencendo sempre com um grupo – se vestindo como eles, arrumando o cabelo como eles, usando os mesmos maneirismos? É como se nós não tivéssemos crescido disso.

Às vezes nós até pegamos os maneirismos de outras pessoas (nós somos alguém no trabalho, outro em casa, outro na igreja), que é parte de como nós conseguimos o apelido de “camaleões”. Claro, pessoas agem diferentemente em casa e no trabalho, mas vocês podem reconhecer-nos pelo jeito que nos comportamos no trabalho versus em casa. É esse extremo.

Para alguns de nós, nós tivemos infâncias em que, infelizmente, pais ou responsáveis iriam rapidamente alternar de amáveis para abusivos. Nós tivemos que se comportar em jeitos que iriam agradar essas pessoas à qualquer momentos para que ficássemos safos e sobrevivêssemos. Nós não superamos isso.

Por causa de toda essa dor, nós normalmente apresentamos sentimentos de vazio. Nós não conseguimos imaginar o quão perdidos vocês possam se sentir ao testemunhar isso. Talvez vocês tenham tentado tantas coisas pra passar essa dor, mas nada funcionou. Novamente – NÃO é sua culpa.

A melhor coisa que podemos fazer durante esses tempos é lembrar-nos que “Isso também há de passar” e praticar habilidades de TCD – principalmente se acalmar – coisas que nos ajudam a sentir um pouquinho melhor apesar do vazio. O tédio é normalmente perigoso para nós, já que pode levar a um sentimento de dormência. É sensato para nós ficarmos ocupados e distrair-nos quando o tédio chega.

No outro lado da moeda, nós podemos ter uma explosão de raiva que pode ser assustadora. É importante que nós fiquemos seguros e não machuquemos vocês ou nós mesmos. Essa é outra manifestação do TPB.
Nós somos muito emocionalmente sensíveis e temos extrema dificuldade regulando/modulando nossas emoções. Dra. Marsha Linehan, fundadora do DBT, nos compara à vítimas emocionais de queimaduras de 3º grau.

Pela Terapia Comportamental Dialética, nós podemos aprender a regular nossas emoções  para não ficarmos fora de controle. Nós podemos aprender a parar de sabotar nossas vidas e circunstâncias... e nós podemos aprender a nos comportar de maneira à ser menos nocivos e assustadores para vocês.

Outra coisa que vocês podem ter notado é o olhar distraído em nossas faces. Isso se chama dissociação. Nossos cérebros literalmente desconectam, e nossos pensamentos vão parar em outro lugar, enquanto nossos cérebros estão tentando nos proteger de trauma emocional adicional. Nós podemos aprender exercícios que nos tragam de volta à realidade e aplicar nossas habilidades para ajudar durante esses episódios, e então podem tornar-se menos frequentes enquanto melhoramos.

Mas, e quanto à você?

Se você decidiu reunir suas forças e ajudar seu ente querido com TPB, você provavelmente também precisa de apoio. Aqui vão algumas ideias:

- Lembre-se que o comportamento da pessoa não é culpa sua.
- Mostre sua compaixão pelo sofrimento da pessoa entendendo que o comportamento         dele(a) é provavelmente uma reação intensa desse.
- Faça coisas para cuidar de SI MESMO. Na página de recursos desse blog, tem uma porção de informação em livros, CDs, filmes, etc (em inglês) para você entender esse transtorno e tomar conta de si mesmo. Confira!
- Além de aprender mais sobre TPB e como se cuidar em volta disso, faça coisas que você goste e que te acalme, como sair para uma caminhada, ver um filme de comédia, comer uma boa refeição, tomar um banho quente – qualquer coisa que você goste de fazer para se cuidar e se sentir confortável.
- Faça perguntas. Há bastante equívoco sobre TPB aí fora.
- Lembre-se que suas palavras, amor e apoio ajudam a pessoa a se curar, mesmo que os resultados não sejam imediatamente evidentes.

Não todas as situações que eu descrevi se aplicam a todas as pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline. Uma pessoa precisa apenas ter 5 dos 9 sintomas para qualificar para um diagnóstico, e as combinações entre esses 5 e 9 são muitas. Esse post é apenas para dá-los uma ideia do sofrimento típico e pensamentos de nós com TPB.

Esse é meu segundo ano na TCD. Há um ano atrás, eu não teria conseguido escrever essa carta, mas representa muito do que esteve no meu coração que eu não conseguia notar ou expressar.

Minha esperança é que vocês vão ganhar uma nova perspectiva na condição de seu ente querido e crescer em compaixão e enter para ambos que essa não é uma estrada fácil.

Eu posso lhes dizer, por experiência própria, que trabalhar essa doença pela TCD faz a luta valer a pena. Esperança pode ser retomada.

Uma vida normal pode ser vivida. Vocês podem ter vislumbres e mais vislumbres do que aquela pessoa realmente é conforme o tempo, se vocês não desistirem. Eu os desejo paz.





Mood Swings

BPD Thing #1




"I will never understand myself."

Eu nunca irei entender eu mesma.